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06 janeiro, 2011

Não sou poeta

 o que sopra o vento e
corre pelas minhas veias
são versos a quem não dei ouvidos

o não frear do cotidiano
deixou  angustiante sensação
de poesia aprisionada

estremece-me o corpo
fervilha o meu sangue
na procura do caminho

foge-me aos sentidos
escapa-me aos dedos
morre calada

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