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23 janeiro, 2012

21 janeiro, 2012


excita-me as entrelinhas de tua boca
que professam versos de indizíveis lampejos
meu ego se exalta na esperança louca
de que  são meus os versos teus

20 janeiro, 2012

meu coração nada num rio imenso
de tanto eu chorar por dentro
nas lágrimas que eu dissimulo
nadam também, sapos que engulo

19 janeiro, 2012

hoje acordei pedra molhada
escorregadia de verde limbo
de todos os cheiros -impregnada-
de vida inteira


16 janeiro, 2012




várias bocas gritam dentro de mim
faço um silêncio de palavras mudas
segredando inocências e culpas
sou várias
                                      enfim

vozes que se confundem numa só
causam em mim um abismo sem fim
sou pai
                   sou mãe
                                            sou avó
 sou só várias em mim
querendo ser só


08 janeiro, 2012

Ânimos

desaguei no oceano
renasci na maré alta
beijei a boca  do sol
a vida
            agora
                     é farta

06 janeiro, 2012


quando a morte
em nós
instala sua semente
a vida é só
contemplação


01 janeiro, 2012

O dia primeiro


chuva generosa
lava a calçada nua

o corpo
dentro de casa
espera
não ousa
sair na rua

nada se interrompeu
nem esvaziou

não é preciso
recarregar
reiniciar

espera

pesado e cheio
como pedras
na chuva