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20 agosto, 2011



escassa a vida
na escassez dos  olhos
no mínimo espaço
no enlaço do tempo

escassa a vida
anda na vila
a caça de flores



17 agosto, 2011



encontrei-me ali
em estranho ninho
o meu cheiro nas letras
caídas pelo caminho
e um pedaço de mim
em seu poema

04 agosto, 2011


Sutil

desapareceu no ar feito fumaça
fumegante inspiração de meus poemas
vida  que passa vazia
vazia a rua
só o negro véu
que embaça a falta de você

nebulosa
ausência que aumenta
aumenta a saudade do que não foi

no vazio imenso
meu olhar procura em desespero
a imagem de um amor suspenso

adiei você para eternidade
descondensou no ar sem dizer adeus

03 agosto, 2011

Não sei mais falar de amor


entojada da temática
sem dialética
cansada de minhas poesias
patéticas
não quero mais falar de amor
não quero assistir a noite virar dia
enquanto você não chega

enquanto você não chega
cochilo, vacilo
entrego-me ao sono no sofá da sala
em meio ao pesadelo você bate a porta
levo o que resta de minha noite
e o meu travesseiro para a cama
é o tempo de tomar seu banho
lavo do rosto a noite mal dormida
e enfrento o dia  enquanto você dorme
não sei mais falar de amor
só sei te esperar porque te amo