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28 fevereiro, 2011

Eu na noite

sentei ao relento para ver o vento
para não ver o momento
momento que eu tinha medo
pois ao relento eu pensava e me exaltava...

a cada olhar me sentia envolvida pelo ruído
da minha mente cansada
amargurada
tinha medo de ver e não crer
tinha medo do viver
tinha medo do amanhecer

***
queria com mão segurar esse momento
é noite e os ruídos levam ao amanhecer
amanhecer que leva ao cotidiano barulhento e racional
ouço o passo do tempo, mas não consigo ouvir minha alma
porque não reina o silêncio? e no silêncio o momento eterno
onde deve ecoar o som de todas as almas

12 fevereiro, 2011


o silêncio do dia
que começa - convida ao sono
final de festa


11 fevereiro, 2011

Nice girl

ela não fuxica
muxiba aos cães, que
tratados com esmero
à jogou no deserto

06 fevereiro, 2011


não há vento hoje
tapete branco no teto
esquenta demais

04 fevereiro, 2011

Sexta feira



Manhã amarga de sexta
faz cara de quem vai
trabalhar sábado

dum céu azul

como um olho roxo
despenca densa camada
de finas lágrimas
deixando no ar
um gosto molhado
de tristeza