encostei meu ouvido na boca do poeta
de enorme língua azul
que soprava mansos versos de carícias
no fundo m!alma
"o pássaro azul está preste a pousar
no vazio de suas mãos
de que maneira senão na ausência...”
num vôo meio que distraído
esbarrei em algumas acrobacias
em pleno ar
num vôo alto e certeiro
descansei meu coração
no galho da romãzeira
enquanto, a “doce solidão”
gritava em meio à multidão
num errante e alucinado vôo
aterrissei m!alma
entre cacos e navalhas
e fui dormir na cama alheia
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