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27 dezembro, 2010

Aquarela

Fonte: http://www.flickr.com/photos/rahmorales/
Dos tempos idos, nada permanece
uma vaga lembrança de um ser
que já não reconheço
recomeço

Todos os dias eu abro a janela
e na tela concretamente vazia
pinto o meu dia

Com cores escolhidas a dedo
eu pinto a tela
pinto nela coisas a meu bel prazer
pinto e canto

Há dias, porém, em que sombras do passado
e o futuro obscuro, numa tarde de chuva fria
torna a paisagem sombria

Nesse dia não saio
encosto a maçã do rosto no batente da janela
e deixo-me invadir  pela paisagem
misturo-me numa fusão de chuva e lágrimas
espero...

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