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22 setembro, 2011

Avesso

outro sonho tolhido
não teve a sorte do ócio
teus sonhos morrem meninos
tudo parece oco
flutuando  sem gravidade
não tem força que te mova
ficas assim sem vontade


assim sem gosto
sem cor , sem perfume
sem flor... sem fervor
 só a dor de um viver contrariado


a coluna curva na labuta
de uma luta desigual
só o cansaço e o sono iminente
faz-lhe deixar de pensar em
não mais querer ser gente


o sorriso não floresce
nos olhos, a cor da morte
tua face enrudece
 não é quem eu conheci
tu és o avesso de ti

2 comentários:

  1. Parece-me um poema sobre a Saciedade.
    Será?
    Abraço!

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  2. Sim ,Farmatan. Há aí, certo fastio, em relação à vida que leva.

    Obrigada pela leitura.
    Abço.

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