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27 setembro, 2011

Labor


Sento
olho a chuva através da vidraça
o ritmo da sala é frenético
as conversas, as crianças,
a máquina de costura...

Pensativa
não me concentro em nada que valha a pena
vez ou outra um grito, um choro infantil
ando meio consternada com a falta de emoção

Saio
na porta escancarada, que dá para o pátio,
apoio-me sobre os joelhos
ouço o som da música vindo da cozinha
sinto o cheiro de grandes braços verdes
estendidos ao firmamento
respiro o oxigênio que exalam
a chuva que bate no chão
respinga no meu rosto
isso melhora um pouco
os olhos umedecem 

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