Sento
olho a chuva através da vidraça
o ritmo da sala é frenético
as conversas, as crianças,
a máquina de costura...
Pensativa
não me concentro em nada que valha a pena
vez ou outra um grito, um choro infantil
ando meio consternada com a falta de emoção
Saio
na porta escancarada, que dá para o pátio,
apoio-me sobre os joelhos
ouço o som da música vindo da cozinha
sinto o cheiro de grandes braços verdes
estendidos ao firmamento
respiro o oxigênio que exalam
a chuva que bate no chão
respinga no meu rosto
isso melhora um pouco
os olhos umedecem
Nenhum comentário:
Postar um comentário