os cavalos que meu pai tinha às mãos
eram dos filhos do patrão
a mim parece-me que sobrou
só a sujeira do chão
só a sujeira do chão
casa de chão batido
e de coração partindo
partindo em busca da cidade
de teatros e de felicidade
deixei para trás a natureza
hoje sinto saudades
saudades de um tempo nobre
em que fome eu não passava
tinha tudo à minha mão
laranjas, peras, jabuticabas
o leite; a vaca dava
das laranjeiras tenho saudades
da minha mãe no alto do pé
a catar laranjas por no saco
e depois cair de pé
chupar laranja era um prazer
que fazíamos em conjunto
a mãe fazia-nos trazer
pra perto dela; todos juntos
e de coração partindo
partindo em busca da cidade
de teatros e de felicidade
deixei para trás a natureza
hoje sinto saudades
saudades de um tempo nobre
em que fome eu não passava
tinha tudo à minha mão
laranjas, peras, jabuticabas
o leite; a vaca dava
das laranjeiras tenho saudades
da minha mãe no alto do pé
a catar laranjas por no saco
e depois cair de pé
chupar laranja era um prazer
que fazíamos em conjunto
a mãe fazia-nos trazer
pra perto dela; todos juntos
tinha tudo naquele lugar
sol, água, terra e luar
lá deixei minha infância.
mas, cá deixei de ser criança
Saudades sempre a nos rondar.Um poema lindo que emociona a nos fazer lembrar temos de criança.Beijos
ResponderExcluirOlá Mana!
ResponderExcluirMuitas vezes a saudade bate forte, mas não tenho o dom de expressar como você.
Lindas suas poesias!
beijos
Brincando com meu filho
ResponderExcluirA verdade sobre a verdade.
É essa laranja chupada na boca da inocência.
É esse menino sujo brincando, a verdade é não aprender.
O dia está bonito sobre a visão daquela pedra.
A certeza que a pedra tem é a maior verdade que me cerca.
Os sons dos insetos, o calor de inseto.
O que eles falam sobre mim?
A verdade dos insetos, a vida concluída. E o não saber
que é inseto.
Será essa a felicidade, não saber o que se é?
Se eu falar que sou uma árvore, para uma árvore.
O que dirá a árvore? Que sou um louco!
Ou quando não há verdade se é livre!
Repouso no olhar do meu filho.
E peço: me ensine a olhar com seus olhos!
Rodrigo Passos
Arnoldo, obrigada pela presença e comentário
ResponderExcluirLuis Gustavo, grata pelo poema,é lindo.
Oi, mana,sabe bem do que falo, não? Bom ver a Jana por aqui.
Rodrigo,bom te-lo por aqui,temos pontos em comum, laranjas... poemas...rs.
Beijos.