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14 abril, 2012


naquele domingo estavas certo sobre o odor em  suas mãos
aquele demônio vermelho ainda gruda na parede do quarto
a menina prende os cigarras na gaiola vazia do passarinho
e a tarde sonora de verão abre o céu num livro de figuras

a vida pulsa entre felizes deslumbramentos e medos
sensações invadiram sua vida e cegou  seus sentidos
quando abriu o olhos - cobras afagavam seu pescoço
sombras  saiam dos telhados como negras sepulturas

a nódoa em seus dedos pasma a  assustadora predição
do aroma que naquele domingo inalava em suas mãos

8 comentários:

  1. Deixei de fumar há 7 anos e não fiquei fundamentalista anti tabaco.
    Não gosto do seu cheio em ambientes fechados... mas volta e meia sabe-me bem cheirá-lo...

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  2. Domingo surreal...
    Tenha um ótimo domingo!

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  3. Nas mãos: cheiros, cores, sangue...
    nas mãos: o medo.

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  4. Interessante...
    Como ex-fumadora que sou, admito que é realmente uma assutadora perdição
    Bjs

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  5. Gostei das imagens corporais nos versos e das sinestesias.

    Aproveitando, deixo aqui um vídeo para xs leitorxs do espaço: http://vimeo.com/40411264

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  6. sensacional esse poema... a escrita lembra poetas consagrados... bjuuu

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  7. Um domingo esfumaçando entre os dedos.
    Gostei

    Beijos

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