Um dia vou arrumar minha casa
essa que moro só
um vasto cômodo vazio
um dia quando estiver só, à toa
por ora, arrumo a nossa
Jaz um tênis no meio da sala
cuecas no banheiro,
em cima do sofá uma mala
minha nossa
Louça na pia
barriga vazia
no telefone
a tia
o gato mia
a vizinha espia
a panela chia
quero alforria
Um filho chama
o outro reclama
caramba
Poeira no chão
um corte na mão
a fome aperta
todos alerta
querem comer
Mais louça na pia...
Roupa no varal
água no quintal
boca seca
Tudo arrumado
lençol perfumado
e a cama vazia
Pelas fissuras do meu coração
entram os últimos raios de luz
onde partículas de poeira
dançam a última canção
desce o breu da noite,
nada mais reluz
essa que moro só
um vasto cômodo vazio
um dia quando estiver só, à toa
por ora, arrumo a nossa
Jaz um tênis no meio da sala
cuecas no banheiro,
em cima do sofá uma mala
minha nossa
Louça na pia
barriga vazia
no telefone
a tia
o gato mia
a vizinha espia
a panela chia
quero alforria
Um filho chama
o outro reclama
caramba
Poeira no chão
um corte na mão
a fome aperta
todos alerta
querem comer
Mais louça na pia...
Roupa no varal
água no quintal
boca seca
Tudo arrumado
lençol perfumado
e a cama vazia
Pelas fissuras do meu coração
entram os últimos raios de luz
onde partículas de poeira
dançam a última canção
desce o breu da noite,
nada mais reluz
Que bom , tanta ocupação, lavar, arrumar, cuidar dos filhos. Beijos Amelia
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