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28 julho, 2010

Assassinato abstrato

assassinato abstrato

chaga aberta... latente
há anos purga sem cessar
por isso calo conivente
em você eu não quero tocar

não sou dada a escárnio
purga ódio e rancor
sentimentos ruins aninho
chega ser física essa dor

mataste-me no papel
num obituário falso
fez-me conhecer o fel
morte em vida é meu encalço

seria tão mais fácil
dizer adeus e partir
mas você preferiu
enterrar-me antes de ir

perdoar eu não consigo
tanta podridão
como pude não ver
dentro do seu coração

Senhor
exorciza-me desta dor
ah! como dói o desamor

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