Cerejas machucadas

Onde fica a liberdade?

Escondida como caroço

na hora o alvoroço

Fugindo diante do apuro

pra não bancar dedo duro?

E a irresponsabilidade

fica na impunidade?

Nas mãos de quem

colocou sua semente?

Dopada

relapsa

demente

Descabelando a cereja

sangrando o sumo

liberdade então gagueja

em cima do muro – presumo.