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Além de nossos umbigos
e de pétalas perfumadas
de carne esganiçada
pelos gritos de dor
De fomes que circulam
violências que perduram
periféricas a prédios e céus
Olhos estarrecidos
(mal cabem em seus corpos)
não conhecem outra beleza
que a infinita pobreza
Pétalas que morrem no silêncio
da ausência democrática
na partilha desigual
maior a dor; sem cor
Desfalece em cinzas
soltas ao vento do
esquecimento.
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